sábado, 26 de julho de 2008

Senado dos EUA votará no sábado lei para resgate de sistema hipotecário

da Efe, em Washington

O Senado americano agiliza a votação de um ambicioso projeto de lei que procura resgatar o setor hipotecário e que autorizaria empréstimos por bilhões de dólares às empresas hipotecárias Fannie Mae e Freddie Mac.

O temor de que estas empresas, as duas principais do sistema de financiamento de imóveis do país, estivessem à beira de um colapso fez com que os senadores eliminassem hoje os últimos impedimentos ao projeto de lei, de modo a permitir que seja votado amanhã.

Concretamente, o Senado aprovou, com 80 votos a favor e 13 contra, a limitação do debate sobre o projeto de lei, de modo que seja submetido à votação definitiva neste fim de semana.

O Congresso saiu ao resgate das duas entidades devido, em parte, às pressões da Casa Branca, que procura aumentar a confiança dos investidores na economia.

De fato, a Casa Branca deixou claro que o presidente George W. Bush sancionará a lei tão logo chegue a seu escritório.

A Fannie Mae e a Freddie Mac têm em seu poder cerca da metade das hipotecas do país --que somam um total de US$ 12 trilhões-- mas, perante a crise de execuções hipotecárias, perderam bilhões de dólares, segundo relatórios oficiais.

O Congresso quer evitar a todo custo um colapso destas empresas, pois isso poderia provocar um enorme caos nos mercados globais de crédito e aprofundaria a crise do setor de habitação no país.

Além de ajudar as duas empresas hipotecárias, a iniciativa permitiria que a Administração Federal de Habitação (FHA, na sigla em inglês) possa refinanciar cerca de US$ 300 bilhões de empréstimos hipotecários.

Também autoriza cerca de US$ 4 bilhões em fundos federais para ajudar as comunidades mais atingidas pelas execuções hipotecárias.

Na quarta-feira passada, a Câmara de Representantes dos Estados Unidos aprovou o projeto de lei, com 272 votos a favor e 152 contra.

A inclusão da Freddie Mac e da Fannie Mae no projeto de lei de US$ 300 bilhões foi feita a pedido do secretário do Tesouro Henry Paulson, que fez essa solicitação em 13 de julho.

Os detratores do projeto de lei consideram que ele põe em risco os contribuintes americanos, que agora têm que assumir o custo desta crise.

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