Lívia P. Nogueira1
Márcia R.S.G Torres2
Antonio F. Sanjuliani3
1. Nutricionista - Mestre e Doutoranda em Fisiopatologia Clínica e Experimental. CLINEX/UERJ.
2. Nutricionista - Mestrado e Doutorado em Fisiopatologia Clínica e Experimental. CLINEX/UERJ.
3. Professor Adjunto e Coordenador da Disciplina de Fisiopatologia Clínica e Experimental. CLINEX/UERJ.
Correspondência:
Rua Aroazes 870, bl 2 /apto 508
Rio de Janeiro - RJ. CEP: 22775-060
Telefones (21) 9714-5262
E-mail: liviapnogueira@gmail.com
Resumo
O chá verde, produzido a partir das folhas da planta Camellia sinensis,
é uma excelente fonte de flavonoides, sendo predominantes as
catequinas. Os benefícios atribuídos ao chá verde devem-se à presença
desses flavonoides em sua composição. O consumo de chá verde tem sido
inversamente associado ao desenvolvimento e progressão de doenças
cardiovascular. Existem evidências de que os flavonoides presentes no
chá verde conferem proteção contra doenças cardiovasculares,
principalmente pelo seu efeito antioxidante e modulador da função
endotelial. O crescente interesse em seus benefícios levou à inclusão do
chá verde no grupo de bebidas com propriedades funcionais.
Descritores: Chá verde; Flavonoides; Pressão arterial, Endotélio.
Abstract
Green tea, made from the leaves of Camellia sinensis plant,
is an excellent source of flavonoids, catechins are predominant. The
benefits attributed to green tea are due to the presence of these
flavonoids in its composition. Consumption of green tea has been
inversely associated with the development and progression of
cardiovascular disease. There is evidence that flavonoids in green tea
provide protection against cardiovascular disease, mainly by its effect
on oxidative stress and endothelial function. The growing interest in
its benefits led to the inclusion of green tea in the group of beverages
with functional properties.
Keywords: Green tea, Flavonoids, Blood pressure, Endothelium.
INTRODUÇÃO
Desde a antiguidade, as plantas são utilizadas como produtos
terapêuticos. O chá, por infusão, é a forma mais popular utilizada dos
diferentes produtos de origem vegetal, sendo rico em compostos
biologicamente ativos que contribuem para a prevenção e o tratamento de
diversas doenças1.
O chá verde é produzido a partir das folhas, com baixo grau de fermentação, da planta Camellia sinensis.
Nos últimos anos, este chá ganhou considerável atenção, pois seu
consumo tem sido associado à redução da morbidade e da mortalidade
cardiovascular2-4. No Ohsaki study, 40.530 japoneses foram
acompanhados prospectivamente durante 11 anos, os indivíduos que
consumiam 5 ou mais xícaras de chá verde/ dia em comparação com os que
consumiam menos de 1 xícara/dia apresentaram um risco 16% menor de
mortalidade por todas as causas e 26% menor de mortalidade
cardiovascular5.
Os benefícios do chá verde são atribuídos à presença de flavonoides, em
sua composição. Os flavonoides são compostos polifenólicos que
apresentam, dentre outras propriedades, efeito antioxidante e
anti-inflamatório4, podendo ser encontrados em frutas e verduras. O chá
verde é uma excelente fonte de flavonoides, principalmente as
catequinas2. No chá verde, as catequinas compreendem 80-90% do total de
flavonóides, com a epigalocatequina galato (EGCG), sendo a mais
abundante (48-55%), seguida por outras catequinas: epigalocatequina
(9-12%), epicatequina galato (9-12%), e epicatequina (5-7%). Uma xícara
de chá verde contém, aproximadamente, 90mcg de EGCG. Além das
catequinas, a composição química do chá verde também inclui proteínas
(15%), aminoácidos (4%), fibras (26%), outros carboidratos (7%),
lipídios (7%), pigmentos (2%) e minerais (5%)4.
Diante do exposto, torna-se necessário o melhor conhecimento dos
possíveis benefícios do chá verde, considerando seus efeitos
antioxidantes e suas ações protetoras. Portanto, o presente artigo tem
como objetivo descrever os efeitos cardioprotetores do chá verde
abordados na literatura.
Chá verde como um alimento funcional
Alimentos funcionais são aqueles que, além das qualidades nutricionais,
contêm substâncias que ajudam na diminuição dos riscos de algumas
doenças crônicas, por isso são considerados promotores de saúde, devido a
seus componentes ativos, podendo influenciar na qualidade e expectativa
de vida das pessoas6.
Diversos estudos epidemiológicos sugerem que os potenciais benefícios
desses alimentos seriam na redução do risco de desenvolvimento das
doenças crônicas não transmissíveis, tais como o câncer, doenças
cardiovasculares, distúrbios metabólicos, doenças neurodegenerativas e
enfermidades inflamatórias. Na área da pesquisa com alimentos
funcionais, a planta Camellia sinensis tem sido amplamente
investigada devido ao seu conteúdo específico de "avonoides, que lhe
confere inúmeras propriedades terapêuticas7.
Com isso, de acordo com os compostos bioativos do chá verde e a sua
potencial capacidade de promover benefícios à saúde, diversos estudos
demonstram que o mesmo deve ser considerado um alimento funcional.
Propriedades antioxidantes dos flavonóides do chá verde
Alguns estudos demonstraram que o consumo de chá verde é capaz de
reduzir a peroxidação lipídica, a geração de radicais livres, a oxidação
da lipoproteína de baixa densidade (LDL) e o desenvolvimento do
estresse oxidativo4,7-10.
Basu e cols. (2010)10 avaliaram indivíduos obesos com síndrome
metabólica e observaram que o consumo de chá verde (4 xícaras/ dia)
durante 8 semanas foi capaz de reduzir significativamente as
concentrações séricas de malondialdeído (MDA) e de hidroxinonenals
(HNE) em comparação com controles. Reduções significativas nos níveis
séricos do MDA e do 4-HNE, além de redução do estresse oxidativo nos
eritrócitos foram observadas após o consumo de 1 litro de chá verde
durante 3 meses8. O consumo do extrato de chá verde por mulheres
saudáveis durante 5 semanas se associou à redução significativa de 37,4%
na concentração da LDL oxidada9.
Os polifenóis podem atuar como antioxidantes através de uma série de
mecanismos potenciais: neutralizam espécies reativas do oxigênio (ROS);
quelam metais de transição; poupam vitamina E e carotenoides na
partícula de LDL, aumentando assim seu poder antioxidante; inibem
enzimas "pró-oxidantes" e aumentam a atividade de enzimas antioxidantes,
como a paraoxonase8,11.
As propriedades antioxidantes do chá verde podem reduzir a sensibilidade
da LDL à oxidação, reduzindo o risco de doença aterosclerótica8,11. Em
adição às ações diretas sobre o endotélio, os flavonoides do chá verde
potencialmente reduzem o desenvolvimento de aterosclerose através das
suas ações indiretas como substâncias antioxidantes12. Quando as
partículas de LDL são oxidadas, elas podem causar injúrias às paredes
das artérias, atraindo células espumosas e desencadeando outras
respostas imunológicas, que conduzem à formação de placas de ateroma,
fato que desencadeia o processo aterosclerótico12.
Existem outros nutrientes encontrados no chá verde com propriedades
antioxidantes, além dos polifenóis, por exemplo: ácido ascórbico,
tocoferóis, carotenoides e alguns minerais com ação antioxidante3.
Efeitos do chá verde sobre a pressão arterial
Os efeitos do consumo de chá verde sobre a pressão arterial ainda não
são completamente conhecidos. Estudos observacionais que avaliaram a
associação entre consumo de chá verde e pressão arterial produziram
resultados conflitantes. No estudo de Yang e cols. (2004)13, o consumo
de chá verde se associou a níveis mais baixos de pressão arterial,
enquanto no estudo realizado por Wakabayashi e cols. (1998)14 não foi
relatada nenhuma associação. Em uma meta- -análise de estudos incluindo
chá verde e chá preto, o consumo de chá não se associou com redução da
pressão arterial15. As evidências observacionais mais robustas de um
possível efeito anti-hipertensivo do chá verde derivam de um estudo de
coorte, onde o consumo habitual de chá verde ou oolong (120ml/dia durante 1 ano) se associou com menor risco de desenvolvimento de hipertensão13.
Ensaios clínicos randomizados também foram conduzidos para responder a
essa questão. Agudamente, o chá verde aumenta a pressão arterial. Um dos
ingredientes do chá verde com efeito pressor agudo é a cafeína,
entretanto, o aumento agudo sobre a pressão arterial é maior do que o
aumento quando a mesma quantidade de cafeína é ingerida isoladamente.
Não se conhece qual é o outro ingrediente do chá verde responsável pelo
aumento da pressão arterial16. Os chás contêm quantidades significativas
de cafeína, estima-se que uma xícara (175ml) de chá contenha 40-60mg,
enquanto 1 xícara (175ml) de café contém 65-100mg. Apesar de haver uma
grande variabilidade, geralmente existe uma quantidade de cafeína bem
menor no chá verde do que no chá preto3.
Os estudos a curto prazo avaliando os efeitos do chá verde sobre a
pressão arterial revelam resultados inconsistentes. Em um estudo
randomizado com duração de 2 meses, o grupo de intervenção foi orientado
a utilizar diariamente 1 pacote de extrato de chá verde/ dia, contendo
544mg de polifenóis (456mg de catequinas). Ao final dos 2 meses, não
foram observadas reduções significativas nos níveis de pressão arterial
no grupo de intervenção em comparação com o grupo controle17. Já Nantz e
cols. (2009)18 realizaram um estudo randomizado, duplo-cego e placebo
controlado envolvendo 111 adultos saudáveis. Nesse estudo, foram
administradas cápsulas padronizadas e descafeinadas de Camellia sinensis 2 vezes por dia durante 3 semanas, sendo observada redução significativa da pressão arterial sistólica e da diastólica.
Os polifenóis induzem vasodilatação dependente do óxido nítrico (NO) em
artérias isoladas, com relaxamento do músculo liso vascular, e
consequente efeito anti-hipertensivo19. Apesar do chá verde ser rico em
polifenóis, também possui cafeína, o que pode interferir no efeito deste
chá sobre a pressão arterial.
Chá verde e proteção cardiovascular
Dentre os diferentes tipos de infusões, o chá verde destaca-se uma vez
que diversos estudos demonstram que seu consumo regular reduz os níveis
de colesterol plasmático, e a agregação plaquetária e protege a LDL da
oxidação. Essas ações do chá verde sobre o sistema cardiovascular
ocorrem devido aos compostos bioativos presentes, as catequinas, que
apresentam um amplo espectro de atividades funcionais, principalmente,
potente ação antioxidante18.
A doença arterial coronária (DAC) e o acidente vascular cerebral (AVC),
decorrentes da aterosclerose, destacam-se como principais causas de
enfermidades cardiovasculares sendo responsável por aproximadamente 50%
de óbitos em países ocidentais20.
A aterosclerose é uma doença multifatorial, lenta e progressiva,
resultante de uma série de respostas celulares e moleculares altamente
específicas. O acúmulo da LDL e sua posterior oxidação na matriz
subendotelial da camada íntima das artérias é o evento inicial da
aterosclerose, assim como células inflamatórias e elementos fibrosos que
se depositam na parede das artérias, são responsáveis pela formação de
placas ou estrias gordurosas, que, geralmente, ocasionam obstrução
vascular20.
Diversos mecanismos têm sido propostos para elucidar a atuação das
catequinas sobre a absorção do colesterol. Acredita-se que esses
compostos tenham a capacidade de reduzir a concentração plasmática desse
lipídio por torná-lo menos solúvel nas micelas. Outras pesquisas
propõem, ainda, que a incorporação das catequinas nas bicamadas de
fosfolipídios seria responsável pela diminuição da sua fluidez, afetando
a estrutura, com consequente redução da captação do colesterol pelos
enterócitos21.
Pesquisadores observaram uma redução significativa na concentração
plasmática da LDL oxidada, após 4 semanas de administração de catequinas
presentes no chá verde, permanecendo inalteradas as concentrações
plasmática de LDL, triglicerídeos e da lipoproteína de baixa densidade
(HDL)21. Em outro estudo, houve redução significativa no colesterol
total e LDL plasmáticos: após a suplementação com extrato seco de chá
verde por três semanas nos homens18. Os mesmos autores usaram uma
análise padrão de malonaldeído para avaliar a peroxidação lipídica
sérica, e encontraram uma redução de 11,9% na concentração sérica deste
marcador após o mesmo período de suplementação dos mecanismos sugeridos
para ação do chá verde sobre os lipídios séricos e sua provável
capacidade de inibir a absorção intestinal de lipídios dietéticos.
Uma pesquisa com uma população composta por 8.476 homens e 5.440
mulheres com idade entre 40 e 69 anos no Japão com um consumo diário de
10 xícaras de chá verde e infusão por um período de 14 semanas
consecutivas, observou-se uma redução de 28% no colesterol sérico22.
Em coelhos, a administração de extrato de catequinas reduziu a síntese
de colesterol hepático, aumentou os receptores de HDL, tendo como
consequência a redução dos níveis de colesterol plasmático23.
Quando os níveis de LDL circulante estiverem aumentados, este acúmulo
será maior. As LDL oxidadas tendem a se acumular no epitélio vascular
causando a adesão de monócitos na parede endotelial, facilitada por
substâncias como a molécula de adesão de células vasculares (VCAM-1), a
molécula de adesão intracelular (ICAM -1) e a molécula de adesão de
leucócitos ao endotélio (E-selectina). Posteriormente, ocorre a
infiltração e diferenciação a macrófagos, que captam as partículas de
LDL oxidada por meio de um grupo de receptores scavenger (SR-A e CD36), com consequente formação das foam cells ou células espumosas. O acúmulo dessas células na camada íntima arterial gera a estria gordurosa20.
Em humanos, as estrias gordurosas são observadas já nas primeiras
décadas de vida, porém não apresentam importância clínica, mas são
precursoras para a formação das lesões ateroscleróticas mais avançadas,
conhecidas como placas fibrosas. Embora as lesões ateroscleróticas
avançadas possam se tornar suficientemente grandes até o ponto de
bloquear o fluxo sanguíneo, a complicação clínica mais significante é o
rompimento da capafibrosa que recobre a lesão, com consequente formação
de trombos ou coágulos, que poderão obstruir vasos de menor calibre
resultando em infarto agudo do miocárdio, acidente vascular cerebral ou
acometimento dos membros inferiores20.
Chá verde e função endotelial
Apesar de o endotélio vascular saudável ser somente uma monocamada,
relativamente simples, de células que, durante anos, foi considerada não
mais do que uma barreira semipermeável que revestia a vasculatura,
atualmente está bem claro o seu papel essencial para as funções de
manutenção da homeostase vascular24.
O endotélio é exposto a uma variedade de sinais transmitidos pelo sangue
e por agentes intravasculares que promovem o estresse, respondendo a
estes estímulos através da secreção ou modificação de uma série de
fatores que regulam o tônus vascular, a tromborresistência e a adesão
celular24. Ele traduz, por exemplo, o estímulo do aumento do shear stress
em uma resposta de vaso-relaxamento, facilitando um dos mais básicos
mecanismos homeostáticos cardiovasculares de dilatação fluxo-mediada24.
A primeira abordagem na descoberta e na avaliação da função endotelial
estava focada na análise da resposta endotélio-dependente aos agentes
farmacológicos como a acetilcolina25. A importância do endotélio veio
primeiramente a partir do reconhecimento dos seus efeitos sobre o tônus
vascular22. Diversas moléculas vasoativas que relaxam e constringem os
vasos são produzidas e liberadas pelo endotélio em resposta a uma
modificação nos mediadores vasoativos como a trombina e a bradicinina26.
Esta vasomotricidade exerce um papel direto no suprimento de oxigênio e
demandas metabólicas aos tecidos, através da regulação do tônus e do
diâmetro do vaso26. Ela também está envolvida na remodelação da
estrutura vascular e na perfusão do órgão em longo-prazo26.
Os polifenóis induzem a vasodilatação dependente do NO em artérias
isoladas. A ativação da óxido nítrico sintase endotelial (eNOS) ocorre
devido a dois mecanismos distintos: 1) aumento na concentração
intracelular de cálcio e 2) fosforilação da eNOS pela via PI3-Kinase/
Akt. Além disto, os flavonoides causam relaxamento de artérias isoladas
mediado pelo fator hiperpolarizante derivado do endotélio (EDHF), devido
à formação localizada e controlada de ânions superóxido levando à
ativação da via PI3-kinase/Akt. Os flavonoides também aumentam a
liberação endotelial de prostaciclina e inibem a síntese e os efeitos da
endotelina-1. Todos esses mecanismos devem contribuir para explicar os
efeitos vasodilatadores, vasoprotetores e anti-hipertensivos dos
polifenóis19.
Já foi demonstrado que, duas horas após a ingestão de 300mg de
epigalocatequina galato, houve melhora significativa na dilatação
fluxo-mediada da artéria braquial de pacientes com doença coronariana27.
Alguns estudos publicados nos últimos anos revelam que a suplementação
de chá verde está associada a uma melhora na função endotelial. O chá
verde parece restaurar a função endotelial por promover o balanço entre
os vasodilatadores como NO e os vasoconstritores como os tromboxanos e
os isoprostanos, melhorando a resistência vascular acarretando na
diminuição dos níveis pressóricos28.
Os efeitos agudos do chá verde sobre a função endotelial também foram
testados por pesquisadores em 14 indivíduos saudáveis, sendo observado
um aumento na dilatação mediada pelo fluxo29. Em outro estudo, também,
foi observado melhora na dilatação mediada pelo fluxo em mulheres
saudáveis após suplementação com extrato de chá verde por 5 semanas9.
CONCLUSÕES
As pesquisas com o chá verde revelam de forma crescente seu efeito
benéfico em alguns estados patológicos. Ele possui uma grande variedade
de mecanismos com ações cardioprotetoras. Seu consumo regular parece ter
impactos benéficos para a saúde humana, incluindo ação antioxidante,
melhora da função endotelial e redução do risco de doença
cardiovascular.
Com isso, é importante a elaboração de mais estudos para investigar e aprofundar os conhecimentos sobre o chá verde.
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